segunda-feira, 5 de março de 2012

Não me deixes escapar por entre os dedos

Não me deixes escapar por entre os dedos
Num dia de descuido ensolarado
Banhista
Auguste Renoir
Quando falam aborrecimentos de rotina
E a palavra avança o não pensado

Não me deixes escapar por entre os dedos
Quando eu for silêncio que corta a tua carne
Quando meu olhar não te encontrar, pois distraído
Quando eu vagar congelando o que me invade

Queira-me tanto quanto possa o teu desejo
Dá-me tua mão e me mantenha ao lado teu
Deixa teus rastros que eu acompanho enquanto vejo

Teus passos me buscando sem segredo
Teus braços me trazendo um sonho meu
Só não me deixes escapar por entre os dedos.

**Eva**