Não me deixes escapar por entre os dedos
Num dia de descuido ensolarado
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Banhista
Auguste Renoir |
Quando falam aborrecimentos de rotina
E a palavra avança o não pensado
Não me deixes escapar por entre os dedos
Quando eu for silêncio que corta a tua carne
Quando meu olhar não te encontrar, pois distraído
Quando eu vagar congelando o que me invade
Queira-me tanto quanto possa o teu desejo
Dá-me tua mão e me mantenha ao lado teu
Deixa teus rastros que eu acompanho enquanto vejo
Teus passos me buscando sem segredo
Teus braços me trazendo um sonho meu
Só não me deixes escapar por entre os dedos.
**Eva**